quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Brasil: Potência do Evangelismo Mundial?


Ao mesmo tempo em que número de evangélicos no Brasil cresce,
 a obra missionária segue de forma bem mais lenta do que deveria.

O acelerado crescimento numérico dos evangélicos no Brasil
 que já alcança 20,23% da população poderia ser um indício de que o País pode
 se tornar uma potência nas obras missionárias em todo o mundo, mas a
realidade é que a obra  missionária segue de forma bem mais lenta do que deveria.

Apesar do conhecimento cada vez mais difundido das demandas missionárias
 levando  à comoção e decisões pessoais, o trabalho é deixado em mãos de
missionários de carreira  e agências especializadas.

De acordo com o pastor José Crispim Santos, promotor setorial da Junta de
Missões Mundiais da Convenção Batista Brasileira (CBB), a igreja brasileira
está bem inteirada acerca dos desafios missionários da atualidade, mas as
 ações ainda não são suficientes  para o tamanho deles.

“Há muitas agências missionárias divulgando o tempo todo, além da mídia
que noticia fatos que demonstram o sofrimento humano, físico e espiritual
 ao redor do planeta. Nossa avaliação é que, diante deste cenário de grande
carência espiritual, a Igreja tem dado sua contribuição – entretanto, isso é
 insuficiente, quando a missão é, de fato, tornar Cristo conhecido em toda
a Terra”, disse Santos à revista Cristianismo Hoje.

Mas a s lideranças cristãs continuam apostando no potencial do povo brasileiro.
 Devido à boa receptividade em todos os países, particularmente de religião
 islâmica e hindu. A análise  é do diretor executivo das Missões Mundiais (JMM),
pastor João Marcos Barreto Soares.

Simpatia e espontaneidade são as características apontadas que fazem os
 brasileiros serem  bem recebidos em várias partes do mundo, e o crescimento
numérico acelerado dos evangélicos não é tão relevante diante desse aspecto.

O pastor Soares também questiona o potencial dos brasileiros: “estamos
preparados para isso?  Temos feito tudo que podemos?” Ele lembra, fazendo
 alguns cálculos de acordo com o número oficial de evangélicos batistas, de que
 as ofertas destinadas a missões mundiais  e nacionais alcançaram um montante
 considerável, mas se dividido pelo número de crentes, o resultado é desanimador.
São 66 centavos por semana destinados à obra missionária.

Outro aspecto destacado pelo diretor executivo da JMM é o número de
 missionários  “per capta” – cerca de uma para cada 10 mil batistas brasileiros.
E questiona: “Será que temos nos esquecido de que há mais de 4 bilhões de
pessoas que nunca ouviram falar de  Cristo, que há pelo menos 2.200 povos
que não conhecem a Palavra de Deus?”

A responsabilidade dos brasileiros também é lembrada pelo missionário da
 JMM no sul da Asia Gabriel Azam, que administra uma agência missionária
 com cerca de 100 obreiros. Ele cita  o crescimento do islamismo no mundo e
diz que os brasileiros tem a responsabilidade de  alcançar os adeptos do Islã.
“Para esse grupo Deus separou o Brasil. Os muçulmanos não  são receptivos
aos americanos e aos ingleses, mas com relação aos brasileiros, todas as
 nações são amistosas. Isso não é um acidente. Deus preparou tudo isso”,
conclui.

O missionário conclama para que a igreja brasileira assuma a responsabilidade
 de levar o  Evangelho. “Precisamos admitir que é um pecado não levar o
 Evangelho aos muçulmanos – pelo  uma vez na vida eles precisam ouvir”.

A presença missionária brasileira atualmente chega a 2300 missionários no
 exterior atuando  em 50 países. Só a Junta de Missões Mundiais enviou 612
obreiros, distribuídos entre Europa,  áfrica ocidental e sul, norte da áfrica,
Ásia e Oriente Médio a América Latina.

Fonte: The Christian Post

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