quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Monsenhor de Arapiraca assediou jovem na missa, afirma testemunha

O comerciante Alterman Leite (foto) disse que o monsenhor Luiz Marques Barbosa, 83, assediou com um abraço malicioso o seu sobrinho durante a missa de sua primeira comunhão. 

Leite foi uma das testemunhas de acusação do julgamento do caso dos três sacerdotes de Arapiraca (AL) acusados de seduziram coroinhas. Foi ele que passou ao SBT, ao programa do jornalista Roberto Cabrini, um vídeo onde Barbosa e o ex-coroinha Fabiano da Silva Ferreira, 21, estão fazendo sexo oral. 

Arapiraca tem 209 mil habitantes e fica a 130 km de Maceió, a capital. No ano passado, a cidade ficou famosa – saiu no noticiário internacional – por causa das acusações de pedofilia. 

O julgamento terminou ontem (2), e o juiz João Luiz de Azevedo Lessa, de primeira instância, anunciará a sentença até o final de setembro. Os demais acusados são o monsenhor Raimundo Gomes e o padre Edílson Duarte. “Monsenhor" é um título honorífico concedido pelo papa a sacerdotes que se destacam com bons serviços aos fiéis. 

Leite teve dificuldade de explicar por que entendeu que o abraço de Barbosa em seu sobrinho foi um assédio sexual. Ele falou que tem um irmão que, quando tinha 12 anos, também foi assediado pelo monsenhor, mas não apresentou provas. 

O monsenhor Barbosa se defendeu com a alegação de que a relação sexual do vídeo foi a primeira de toda a sua vida. O ex-coroinha Ferreira ja tinha dito que começou a ser abusado aos 12 anos de idade. 

Sobre os livros de sexo encontrado em sua casa, o monsenhor falou que os tinha porque é “um estudioso do assunto” para poder aconselhar os fiéis. 

Os outros ex-coroinhas que acusam os padres de Arapiraca são Cícero Flávio Vieira Barbosa e Anderson Farias da Silva. 

O monsenhor Luiz Marques disse ter sido vítima de extorsão dos jovens, aos quais pagou R$ 32.250,00 para que não fosse divulgado um vídeo dele e Cícero na cama. Ele admitiu ter uma "atração" por Ferreira e afirmou que tinha medo de se apaixonar pelo rapaz.


O padre Edílson Duarte foi o único que na época das denúncias assumiu que tinha relações sexuais com jovens, mas maiores de idade. Durante o julgamento, ele negou. 

"Vera Fischer"
Quando explodiu o escândalo, houve insinuações de que o bispo Valério Breda (foto), 66, sabia da pedofilia de seus sacerdotes e nada fez. Ele seria homossexual. O próprio padre Duarte disse na época que o apelido de Breda é “Vera Fischer”.








Com informação dos portais. Via Paulo Lopes

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