terça-feira, 27 de setembro de 2011

A importância das revelações Bíblicas

A Bíblia Sagrada nos permite entender muitas situações que estão ocorrendo no contexto do mundo moderno, inclusive em relação à situação atual do Estado de Israel, a nação do povo Judeu. As Escrituras revelam que Deus inicialmente escolheu um povo para se revelar através deles e mostrar ao mundo Seu poder, vontade e caráter.
Este povo foram os Hebreus, os descendentes de Abraão (Gênesis 12), que eram povos semitas que viviam em tribos nômades, conduzidas por chefes. 


Este povo posteriormente passou a ser chamado Judeu. Mas para entendermos a situação de Israel no presente precisamos estudar o seu passado através da Bíblia Sagrada.


“Deus lhes deu espírito de profundo sono, olhos para não verem, e ouvidos para não ouvirem, até ao dia de hoje”.  (Romanos 11.8)
Se acompanharmos a história do povo Judeu pelas Antigas Escrituras e também pelas revelações do apóstolo São Paulo no livro de Romanos (Novo Testamento), capítulos 9 a 11, então será possível entendermos como o povo de Israel chegou a este controverso ponto no presente. O mundo tem assistido por vários anos constantes guerras e conflitos nas terras de Israel. Mas o que poucos se dão conta e que estes acontecimentos representam o triste resultado da cegueira espiritual do povo Israelita em relação à vontade de Deus. Esta cegueira levou o povo Judeu a rejeitar o seu Messias (ou Cristo), cuja vinda fora prometida por Deus através dos profetas antigos.

Israel rejeita o Messias prometido por Deus

A Bíblia revela que o povo Judeu, povo para o qual Jesus se revelou primeiro, não O recebeu como Messias. O apóstolo João enfatizou este fato ao declarar: "(Jesus) veio para o que era seu, e os seus não o receberam" (João 1.11). Pelas Escrituras Sagradas podemos perceber que os Judeus rejeitaram a Jesus, o tão esperado Messias que os profetas antigos anunciaram que estava por vir, séculos antes de Seu nascimento. Entretanto, se o povo de Israel estivesse atento as profecias das Escrituras a respeito do Messias, certamente eles não O teriam rejeitado.

Atualmente a salvação de todos os homens, tanto de Judeus como não-judeus, depende da fé em Jesus, o Messias que Deus enviou ao mundo. Tudo isto foi plano de Deus desde a queda de Adão (Gênesis 3.15). Atualmente o propósito sincero de Deus é ter misericórdia de toda a humanidade, tanto dos judeus como de todas as nações, e incluir no seu reino todas as pessoas que entregam suas vidas nas mãos de Jesus Cristo (Romanos 11.20-24).

Apesar da grande parte de Israel ter rejeitado Jesus como o Messias, um grande número de Judeus O recebeu. Inúmeros gentios (não-judeus) aceitaram o caminho de Deus, que é o da fé, e alcançaram justiça mediante a fé. Obedeceram a Deus pela fé e se tornaram “filhos do Deus vivo” (Romanos 9.25). Os apóstolos de Jesus são exemplos disso, pois eles eram homens nascidos Judeus. Posteriormente eles receberam Jesus e tornaram-se os primeiros cristãos, dando início a Nova Aliança de Deus com os homens. 

A seguir veremos os sinais revelados por Deus através de alguns profetas do Antigo Testamento.
As profecias Messiânicas registrada nas Escrituras


As Escrituras já mostravam que o Messias enviado de Deus nasceria de uma virgem: “Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho... (Isaías 7.14). Este foi um dos sinais que Deus havia dado através de Isaías. O profeta Isaías é conhecido como um dos “profetas messiânicos”, ou seja, um dos profetas que anunciaram a vinda do Messias. A profecia da virgem se cumpriu em Maria, a mãe de Jesus. As Escrituras relatam que o anjo do Senhor revelou a José, noivo de Maria, o cumprimento desta profecia (Mateus 1.22,23). O fato de que Jesus nasceu da descendência dos Judeus comprova a fidelidade de Deus para com eles.

Este não foi o único sinal dado por Deus através de Isaías. Outra profecia messiânica deste profeta também foi registrada no Antigo Testamento. Isaías escreveu: “Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si” (Isaías 53.4). Esta profecia se cumpriu perfeitamente através do ministério de Jesus, que operou sinais curando o Seu povo, dando vista aos cegos e libertando muitos da opressão maligna (Isaías 42.7). Todas as profecias que anunciavam a vinda do Messias foram cumpridas no tempo determinado. A vinda do Messias a terra foi cuidadosamente planejada por Deus. Porém, isto não foi suficiente para convencer a maioria dos Judeus. Conseqüentemente eles rejeitaram Jesus, o Messias prometido.

Por isso que as Escrituras se referem a Jesus como "pedra de tropeço" e "rocha de escândalo" para os Judeus. O apóstolo São Paulo escreveu: "Como está escrito: Eis que eu ponho em Sião uma pedra de tropeço, e uma rocha de escândalo; E todo aquele que crer nela não será confundido" (Romanos 9.33). Esta passagem foi reescrita pelo apóstolo São Paulo no Novo Testamento, porém ela já havia sido escrita séculos antes pelo profeta Isaías (Isaías 8.14; 28.16). Isto demonstra que o Cristianismo é a extensão do Judaísmo. O Cristianismo é o cumprimento das promessas feitas a Israel, de que no futuro Deus faria uma Nova Aliança com o Seu povo.

Jeremias, outro “profeta messiânico”, escreveu: “Eis que dias vêm, diz o SENHOR, em que farei uma aliança nova com a casa de Israel e com a casa de Judá” (Jeremias 31.31). O profeta Jeremias se referia ao Novo Concerto que Deus iria fazer com o Seu povo através da vinda do Messias. De acordo com as revelações Bíblicas, Jesus veio selar essa Nova Aliança com o Seu sangue derramado (Lucas 22.20). O profeta Jeremias também profetizou que o Messias seria descendente do rei Davi (Jeremias 33.15), ou seja, o Messias teria descendência real. Portanto, percebemos que o povo Judeu rejeitou a Palavra de Deus, não crendo nos profetas que Deus enviara no passado.

O povo de Israel e sua negligência as Escrituras

Portanto jamais o povo Judeu de hoje poderia alegar ignorância da Palavra de Deus, pois eles usam às mesmas escrituras antigas que os Cristãos. O livro de Isaías contido nas Escrituras Cristãs é o mesmo livro que está contido nas Escrituras Judaicas (Tanakh). É justamente por isso que a "Bíblia" dos judeus é composta apenas pelos livros do Velho Testamento da Bíblia Cristã. Se examinarmos as Escrituras, tanto as Escrituras Cristãs como a Escrituras Judaicas, perceberemos que Deus cumpriu todas as profecias relacionadas à vinda do Messias. 

Então por que será que os Judeus rejeitaram o Messias há 2000 anos? Um dos motivos foi porque eles fizeram uma má interpretação das Escrituras, interpretando-as da forma que seus corações desejavam. Por isso que Jesus disse aos líderes Judeus: “Errais, não conhecendo as Escrituras, e nem o poder de Deus” (Mateus 22.29). Por terem um entendimento errôneo das Escrituras, ninguém em Israel esperava um Messias fraco, que viesse a morrer numa Cruz. Certamente este fato foi o principal motivo que fez o povo Judeu rejeitar Jesus como Messias.

Apesar de o povo Judeu não esperar um Messias sofredor, o profeta Isaías foi bastante claro em seus escritos a respeito do sofrimento que Ele teria que suportar para cumprir a vontade de Deus. Isaías escreveu: “Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca” (Isaías 53.7). Isaías estava se referindo a desfiguração física que Jesus sofreria devido aos maus tratos infligidos pelos soldados romanos. Isaías descreveu até mesmo os mínimos detalhes, como o silêncio de Jesus quando questionado pelos Seus algozes. Esta profecia cumpriu-se totalmente com a crucificação de Jesus.

O propósito do sacrifício do Messias

Devido a sua falta de visão espiritual em relação às Escrituras, os Judeus não puderam enxergar que a morte de Jesus foi justamente o cumprimento das profecias messiânicas. A Bíblia mostra que a morte de Jesus não significou a falha do plano de Deus, mas seu cumprimento perfeito. Propositalmente, no sistema religioso Judaico, Deus havia estabelecido que para que os pecados do Seu povo fossem perdoados era preciso haver derramamento de sangue de animais em cerimônias religiosas anuais (bodes e bezerros). Esses animais eram sacrificados como forma de expiar (reparar, remover) os pecados do povo (cerimônia descrita em Levíticos 16.15).

Esses rituais simbolizavam algo futuro. Através destes rituais, Deus já estava preparando o Seu povo para o sacrifício do Messias. Pelo fato de ser perfeito (sem pecado), o sacrifício do Messias expiaria os pecados do povo para sempre. O propósito de Deus foi cumprido com o sacrifício de Cristo da Cruz: “Nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção” (Hebreus 9.12). A palavra “redenção” significa “salvação mediante pagamento de um preço”. Logo o termo “eterna redenção” significa que o preço da salvação seria pago apenas uma vez e seu efeito valeria para sempre.

Isto significa que o sacrifício de Jesus na Cruz satisfez as exigências de Deus para cumprir o plano da salvação Messiânica. Com a morte de Jesus a dívida dos pecados de toda a humanidade foi paga para sempre de uma só vez. As Escrituras revelam que Jesus foi o perfeito cordeiro preparado por Deus para cumprir a Nova Aliança. Jesus, com Seu sacrifício expiatório, era o único que poderia remover os pecados dos homens para sempre (João 1.36). Na morte de Jesus está demonstrada a sabedoria de Deus, pois essa era a única forma legal de Ele salvar a humanidade perdida, não a condenando por seus muitos pecados (Romanos 5.8).

A morte de Jesus não significou a fraqueza de Deus, mas a Sua força. Por isso que o apóstolo Paulo escreveu dizendo que a loucura de Deus é mais sábia que os homens, que fraqueza de Deus é mais forte que os homens, e que a Palavra da Cruz é loucura para os que não conhecem a verdade (1 Coríntios 2.18-25). Vemos então a importância de conhecermos a verdade de Deus. Não é à toa que Jesus disse que ela nos liberta (João 8.32).

Israel ainda hoje espera pelo seu Messias

Na verdade o povo Judeu esperava um Messias guerreiro, com grande poder militar e político. Os Judeus esperavam um Messias que viria libertá-los do domínio político e social que o Império Romano exercia sobre Israel. Porém, a Bíblia mostrava que o Messias viria primeiramente como Servo, estabelecendo um Reino Espiritual (Isaías 42.1-7). Por isso que há 2000 mil anos Jesus veio ao mundo para exercer domínio espiritual e não político (João 18.36). Jesus não veio Se rebelar contra o Império Romano, mas cumprir a Sua missão expiatória.

Devido à dominação romana sobre os judeus, havia por parte deles uma grande esperança em torno da aparição de um Messias que os conduziria à liberdade política, e restabeleceria o trono de Davi. Para eles, o Messias deveria ser um homem forte, prepotente, carismático e revolucionário. Pelo fato de Jesus não demonstrar nenhum tipo de arrogância ou pretensão política, muitos não conseguiam ver nEle o Messias prometido por Deus. Assim como está escrito, os Judeus tropeçaram na pedra de tropeço (Romanos 9.33). Infelizmente, mais uma vez, o povo de Israel havia fechado os olhos e ouvidos para as revelações de Deus através dos Seus profetas. Os Judeus se tornaram “espiritualmente cegos” somente porque rejeitarem as revelações de Deus no passado.
Segundo as Escrituras, apenas em Sua segunda vinda a terra é que o Messias se manifestará da forma que os Judeus esperavam há 2000 anos, ou seja, com poder político e militar. No tempo determinado por Deus Jesus voltará com justiça divina para castigar os inimigos de Deus e estabelecer o Reino Messiânico na terra. Mas isto somente acontecerá após o cumprimento dos sinais que foram previstos por Jesus (Mateus 24.3-14). Muitas coisas ainda irão acontecer nesse intervalo de tempo devido à insensatez dos homens. As guerras e conflitos que hoje acontecem em Israel e em todo o mundo fazem parte dos sinais que Jesus profetizou que precederiam Sua volta.

Infelizmente, até os dias de hoje, os Judeus esperam por um Messias fictício, inventado por eles. Por isso o apóstolo Paulo escreveu: “Deus lhes deu espírito de profundo sono, olhos para não verem, e ouvidos para não ouvirem, até ao dia de hoje” (Romanos 11.8). Novamente o apóstolo Paulo reescreveu uma profecia contida nas Antigas Escrituras, a qual também foi revelada por Isaías (Isaías 29.10). Deus já havia previsto que Seu povo iria rejeitar o Messias enviado por Ele, antes mesmo de Jesus se manifestar ao mundo.

Um pouco da história do povo de Israel

Bem, para que possamos entender a história do povo do Israel moderno e seu contexto social, político e religioso, será necessário analisarmos um pouco a história do povo de Israel antigo, vejamos.

Como já vimos, o povo Judeu descende de Abraão, o primeiro líder do povo Hebreu. O povo Hebreu era um povo semita e nômade que por volta de 4000 anos atrás peregrinavam pelas terras de Canaã (região que hoje engloba as terras de Israel e da Palestina). Essa peregrinação começou após Deus chamar Abraão e lhe fazer uma promessa de dar a sua descendência as terras de Canaã (Gênesis 12). No momento que Deus chamou Abraão, Ele lhe fez uma promessa de que faria da sua descendência uma grande nação (hoje o Estado de Israel).

Alguns séculos depois da chamada de Abraão, Deus finalmente cumpriu promessa de fazer de seus descendentes uma grande nação. Isso ocorreu quando o povo Hebreu finalmente conquistou a terra de Canaã, liderados por Josué, sucessor de Moisés (Josué 1.1-3). Após a conquista da terra prometida, Deus estabeleceu em Israel o período dos Juízes. Os Juízes eram servos de Deus, os quais Deus usava para liderar o Seu povo, determinar as leis, mantendo a ordem e a paz em Israel. O primeiro Juiz de Israel foi Otniel (Juízes 3.9), e o último foi Samuel.

Em determinado tempo o povo Hebreu, ao ver que os outros povos tinham um rei que os governava, pediram a Samuel (último Juiz) para que eles pudessem escolher um rei para governá-los (1 Samuel 8.5), assim como acontecia nas nações vizinhas. Deus, apesar de Se sentir rejeitado pelo Seu próprio povo, decidiu atender o desejo do povo. Deus falou com Samuel para que permitisse que o povo nomeasse um rei para governá-los (1 Samuel 8.7-9). O primeiro rei escolhido por Israel foi Saul (1 Samuel 9), seguido por Davi (1 Samuel 16).

Com a subida de Saul ao trono, foi dado início a monarquia de Israel. Nos séculos seguintes, inimigos continuaram a se levantar contra o povo de Israel, querendo tomar a terra que Deus lhes havia dado. Durante os séculos da monarquia, Deus constantemente enviava profetas para alertar o povo contra os seus erros. Através dos profetas Deus também anunciou a vinda do Messias, que libertaria Seu povo dos seus inimigos. Nestes profetas estão inclusos, Isaías, Jeremias, entre outros, que são chamados de “profetas Messiânicos”.

O período da monarquia se estendeu em Israel por muitos e muitos anos. No ano de 1948, Israel tornou-se uma República Democrática Parlamentarista, dando início a atual Nação de Israel. Em praticante toda a sua história, a nação de Israel foi um povo marcado por guerras e conflitos com as nações e povos vizinhos. Atualmente ainda existe um grande conflito secular envolvendo o povo Judeu com uma nação vizinha. Veremos a seguir as causas e motivos principais deste conflito.

A origem dos atuais conflitos e o motivo das guerras em Israel

As guerras e conflitos existentes no oriente médio nada mais é que um conflito de interesses políticos e religiosos que envolvem o povo Palestino e o povo de Israel. Os Palestinos são descendentes dos povos Filisteus, antigos povos que viviam na região do litoral sul do Mar Mediterrâneo (a Bíblia também cita este povo). O povo Palestino quer tomar posse da terra dos Israelitas. A maioria dos Judeus prefere lutar até o fim, pois para o povo de Israel a cidade Jerusalém simboliza a “cidade santa” de seu povo. Historicamente, para os Israelitas, o seu território (Nação) simboliza o cumprimento das promessas que Deus fez a Abraão no passado. 

As Escrituras revelam que no passado, Deus apoiava e favorecia as guerras promovidas pelo povo de Israel contra seus inimigos. A intenção de Deus era proteger o povo que traria o Messias ao mundo, que nasceria da descendência do povo que Ele originalmente escolhera. Se o povo Judeu fosse exterminado não haveria como o Messias nascer, e não seriam cumpridas as profecias reveladas por Deus. 

A realidade hoje é que os Israelitas continuam a agir como o Messias prometido ainda não houvesse se manifestado ao mundo. Por isso eles ainda fazem guerras contra os povos pagãos, pensando ser esta a vontade de Deus. Infelizmente o povo de Israel está “preso” no passado por estarem desatualizados em relação ao cumprimento das profecias messiânicas preditas pelos profetas de Deus. Como já vimos as profecias messiânicas foram cumpridas com a vinda de Jesus, o qual os Judeus rejeitaram há 2000 anos.

Os Israelitas tornaram-se um povo religiosamente orgulhoso

Desde o começo da história do povo Judeu, para eles todos os povos não-descendentes de Abraão (povos gentios) são considerados impuros. Com o passar dos séculos, o povo Judeu tornou-se um povo cada vez mais etnicamente preconceituoso. Devido ao fato de terem sido o povo escolhido para o qual Deus Se revelou, os Judeus tornaram-se um povo religiosamente orgulhoso, fazendo de Deus uma “exclusividade” de seu povo. Esta visão colaborou para que eles passassem a crer que são os únicos com direito a promessa do Reino Messiânico.

Devido ao orgulho religioso de Israel o povo Judeu constantemente menosprezava os outros povos. Para os Judeus os povos gentios jamais poderiam ser incluídos nas promessas de Deus. Porém, as Antigas Escrituras revelam que Deus não desprezou os povos gentios. As Escrituras mostram que desde o princípio Deus incluiu os gentios em Suas promessas. Através do Messias que descenderia de Abraão (Gênesis 12.3), Deus concederia Suas graças a todos os homens. Esta promessa se cumpriu com a vinda de Jesus, com o início da Nova Aliança.

Uma passagem nas Antigas Escrituras já mostrava que, no futuro, Deus iria aceitar outros povos, e não somente o povo que Ele chamou originalmente. Novamente, o profeta Isaías escreveu inspirado pelo Espírito de Deus: "Fui buscado pelos que não perguntavam por mim; fui achado por aqueles que me não buscavam; a um povo que se não chamava do meu nome eu disse: Eis-me aqui" (Isaías 65.1). Nesta passagem podemos perceber quem eram os povos que ainda não conheciam o Deus de Israel. Claramente esta passagem se refere aos povos gentios, que representam a totalidade dos povos não-judeus.

Hoje, através de Jesus, o Messias das Escrituras, os povos não-judeus se encontraram com o Deus de Israel, o Deus Todo-Poderoso, Criador dos céus e da terra. Outro profeta, o profeta Oséias, também escreveu sobre a intenção de Deus de um dia aceitar para Si os povos não-judeus: “... e acontecerá que no lugar onde se lhes dizia: Vós não sois meu povo, se lhes dirá: Vós sois filhos do Deus vivo” (Oséias 1.10). Claramente o Senhor dava sinais de que, quando chegasse à hora certa, Ele se revelaria a todos os povos e os receberia como filhos.

O apóstolo Paulo revela no Novo Testamento: “Porquanto não há diferença entre judeu e grego; porque um mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam” (Romanos 10.12). Esta revelação afirma que Deus recebe a todos os povos através de Jesus, concedendo-lhe a Sua Graça, não fazendo diferença étnica. No Reino do Messias, todos os povos que se voltarem para Jesus serão aceitos com o mesmo privilégio que os Judeus obtiveram na Antiga Aliança. Deus revelou Sua vontade ao mundo através de Jesus, passando a amar a cada indivíduo como filho, independente de sua nacionalidade, raça ou posição social (João 3.16).

Com a vinda de Jesus, Deus alcançou todos os povos, o Novo Testamento revela: “Mas, a todos quantos o receberam (Jesus), deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus... (João 1.12). Através de Jesus, Deus cumpriu o que revelou aos santos profetas do Antigo Testamento, unindo todos os povos da terra em um só, derrubando a parede que separava os Judeus dos não-judeus: “o qual de ambos os povos fez um; derrubando a parede de separação que estava no meio” (Efésios 2.14). O plano de Deus foi cumprido por Jesus com perfeição.

Jesus, o Messias: a única esperança do povo Judeu

Atualmente, através da pregação do Evangelho, muitos Judeus estão recebendo Jesus como Messias. Os Judeus convertidos a Jesus são conhecidos mundialmente como Judeus Messiânicos. É dever de todo Cristão orar pela paz de Israel e também para que Deus capacite e envie cada vez mais missionários para anunciar o Evangelho de Jesus em todas as nações (Marcos 16.15; Mateus 9.37). A pregação do Evangelho é a única forma potencialmente eficaz de abrir os olhos do povo Judeu para a verdade contida nas Escrituras (Romanos 10.14).

A mensagem da salvação continuará sendo anunciada em todo o mundo, em testemunhos a todas as nações (Marcos 16.15). Os que aceitarem a Palavra de Deus anunciada pelos Seus escolhidos serão salvos e justificados de seus pecados através da fé em Jesus. Nisto consiste a importância da pregação do Evangelho por todo o mundo, por isso Jesus, o Messias, nos alertou:

"E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim. Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor"
(Mateus 24.14,44).


Igor Chastinet

Fonte Rocha Ferida

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