segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Presépio que mostrava casal gay é depredado em igreja nos EUA

Presépio que mostrava casal gay é depredado em igreja nos EUA
A Igreja Metodista Unida de Claremont, na Califórnia, adotou como tradição a algum tempo fazer presépios com mensagens sociais ou políticas. O presépio desse ano trazia a representação de dois casais gays e foi parcialmente destruído essa semana.
Presépios montados na igreja em outros anos já incluíram uma cena de guerra no Oriente Médio, e em outra ocasião a mãe e o bebê foram colocados na prisão. Em outro ano foram retratados imigrantes que lutam para passar ilegalmente a fronteira EUA /México.
A cena do nascimento de Jesus feita pela comunidade já mostrou também uma família sem-teto. Cena que causou comoção nos membros da congregação que fizeram doações de alimentos, roupas e dinheiro.
A obra desse ano foi criada pelo artista John Zachary e retratava três casais sob a estrela e a mensagem “Cristo nasceu”, e dois dos casais eram gays. As caixas de madeira com iluminação interna mostravam a silhueta de três casais de mãos dadas: um homem e uma mulher, duas mulheres e dois homens.
Na noite do dia 24, alguém derrubou os dois casais de gays deixando de pé apenas o casal heterossexual. A polícia está tratando do caso como “crime de ódio” contra a comunidade gay, mas nenhum suspeito foi identificado ainda.
“O nascimento de Cristo em um estábulo tem muito a ver com a pobreza e a marginalização. O que nossa igreja está tentando fazer através dessas cenas é dizer: ‘Como seria isso hoje?’”, disse Sharon Rhodes-Wickett, pastor da igreja que em 1993, se tornou uma “congregação inclusiva” acolhendo membros gays, lésbicas e transgêneros.
Ed Kania, 60, um membro da igreja que se identifica como gay, chamou o ato de “vandalismo retrógrado” e disse sobre o caso: “É um lembrete de que, embora muitos já nos aceitem, nem todos nos respeitam. Estamos todos desapontados, mas estamos usando isso como um ponto de encontro.”
Membros da igreja e simpatizantes de outras organizações religiosas fizeram uma vigília no local para interceder pelas minorias perseguidas.
Fonte: Gospel+

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