segunda-feira, 27 de agosto de 2012

É pecado o cristão se envolver na Política?


Em tempos de eleições no Brasil normalmente vejo dois tipos de sentimentos por parte dos eleitores: um é de dar risada diante de alguns candidatos que passam pelo ridículo e alguns destes ainda são eleitos, e o outro sentimento é de desprezo e incredulidade diante da atual situação do país.
Vemos propagandas políticas por todos os lados, nas ruas, espalhados no chão, no facebook, e onde quer que houver espaço para isto. Veja mais...

Infelizmente percebo que algumas igrejas vestem a camisa de alguns candidatos e pedem que seus “fiéis” votem em peso no candidato A, ou B. E a primeira coisa que quero te dizer aqui é: O Voto é Secreto!! Pastor, Líder, Apóstolo, Bispo, Arcanjo, seja quem for, não tem aval dos céus para te mostrar em quem você deve votar. Isso não é bíblico, e muitas vezes quando alguém está indicando uma pessoa é porque tem interesses em algum tipo de favor, seja para sua igreja, seja para sua denominação. Porém, política não é algo que deva olhar por uma ou outra camada da sociedade, mas por toda a nação.
Percebo muito isso por parte dos homossexuais. Eles votam nos seus candidatos para defenderem os direitos deles, o que é inadmissível para mim. Porém os evangélicos fazem a mesma coisa. Só porque o cara é pastor, cantor ou sei lá o que, o evangélico quer votar nele pois acha que defenderá a população evangélica. Muitos pastores não estão aptos a governar, podem ser excelentes pregadores, homens de Deus, mas política é vocação.
A bíblia nos mostra o que devemos fazer com relação à política:
 Sei que o SENHOR sustentará a causa do oprimido, e o direito do necessitado. Salmo 140:12 
Compadecer-se-á do pobre e do aflito, e salvará as almas dos necessitados. Salmo 72:13 
Infelizmente, os cristãos tem se envolvido de forma errada na política, para defenderem apenas suas próprias causas, porém Deus nos chama a olhar para o pobre e aflito, para defender o direito do necessitado.
Somos chamados a pregar um evangelho para o homem integral. Muitos pregam apenas algo espiritual, porém o Pai Nosso nos direciona a dizer: Venha o Teu Reino. Somos chamados a implantar o Reino de Deus aqui, através de nós.
Devemos pregar a salvação, mas ao mesmo tempo, é impossível oferecer o pão espiritual, se as pessoas estiverem morrendo de fome. Quando Hitler começou sua batalha por conquistar o mundo, um homem se envolveu na política afim de destronar este cruel assassino. Aquele homem foiDietrich Bonhoeffer, um pastor luterano, que fez parte da resistência alemã, e não se rendeu ao nazismo, antes lutou com todas as suas forças para que o nazismo fosse extinguido. Foi preso e morto por enforcamento pouco antes de Hitler se suicidar.
Martin Luther King Jr dizia: O que me preocupa não é o grito dos mausÉ o silêncio dos bons. Martin Luther King era um pastor protestante que ao ver como os negros eram discriminados e considerados inferiores nos Estados Unidos, se envolveu em um Movimento dos Direitos Civis dos Negros com uma campanha de  não violência e amor ao próximo. Mostrando que todos somos iguais perante Deus e foi o homem mais jovem a conquistar o Prêmio Nobel da Paz, pouco antes de ser assassinado.
Willian Wilberforce foi um parlamentar inglês, que se sentia chamado por Deus para ser pastor. Quase abandonou a carreira política, porém Deus não o permitiu e Willian lutou por toda a sua vida contra a escravidão na Inglaterra. Foi o líder do movimento abolicionista do tráfego negreiro e lutou contra isto quando era uma forte comércio na Inglaterra. Durante 20 anos, ano após ano tentou a abolição, até que em 1807 conseguiu aprovar no parlamento o Ato contra o Comércio de Escravos, sendo aplaudido de pé por todos presentes.
 Deus nos chama a uma causa. Não dos evangélicos, mas dos aflitos, dos oprimidos, dos pobres, daqueles que precisam de representantes que os defendam! Não devemos ter segregação em nosso país, devemos ter políticos que amem uma causa e estejam dispostos a morrer por ela, assim como estes homens estiveram dispostos. Eles não são lembrados como pastores, mas como homens que dedicaram suas vidas na política fazendo a diferença no curso da história.
O cristão, enquanto vive como “forasteiro” nesta terra, precisa enquadrar-se nas leis que rege a nação e cumpri-las, com um bom patriota (2Sm 10.12; Sl 137.1; Is 66.10). Isto é bom diante dos homens e agradável a Deus.

 Os Deveres Civis (Conjunto de normas reguladoras dos direitos e obrigações de ordem privada atinentes às pessoas, aos bens e às suas relações.) se aplicam a todos os cidadãos, independente de sua cor, religião ou situação financeira.  Encontra-se na Bíblia o Senhor determinando a seus servos a necessidade de serem bons cidadãos, cumpridores das normas instituídas pelos governos.

“Todo aquele que não observar a lei do teu Deus e a lei do rei...” Ed 7.26
“Observa o mandamento do rei...” Ec 8.2
“Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores...” Rm 13.1-7
“Se sujeitem aos que governam, às autoridades.” Tt 3.1,2
“Sujeitai-vos a toda instituição humana... quer seja o rei como soberano...”
1Pe 2.14,14
 Não há dúvida quanto à necessidade de vivermos em submissão aos nossos governantes e honrá-los com nossas atitudes; porém, freqüentemente depara-se com cristãos insatisfeitos com os governantes (vereadores, prefeitos, deputados, senadores, presidente) e sobre eles tecem comentários terríveis, desonrando-os com conversas e afirmações que em sua essência, são comuns aos homens naturais. Em lugar algum, encontra-se o Todo Poderoso permitindo que seus filhos se levantem contra as autoridades constituídas, pelo contrário, a ordenação é que deve-se honrá-los.

“Não amaldiçoarás o príncipe do teu povo.” Ex 22.28
“Não amaldiçoes o rei.” Ec 10.20
“A autoridade é ministro de Deus para teu bem... a quem respeito, respeito; a quem honra, honra.” Rm 13.4,7
“Tratai a todos com honra, amai aos irmãos, temei a Deus, honrai ao rei.”
1Pe 2.17
 É bom servimos a Deus, mas, isto implica em sermos exemplos em todas as questões. Jamais se deve assemelhar aos homens deste mundo em seus costumes e praticas notoriamente contrárias aos princípios deixados pelo Rei dos reis aos seus súditos.
 Todo cidadão brasileiro é agraciado pela constituição federal com o Direito Político (O que tem por objeto as faculdades concedidas, e deveres impostos aos cidadãos, como, por  exemplo, votar, ser votado, exercer cargo público),  que concede a todos, igualdade para pleitear cargos eletivos, votar e ser votado.
É lamentável, mas, em anos eletivos, muitas igrejas se corrompem, perdendo de vista os seus objetivos primeiros: Servir a Deus! E deixa-se levar pela política, envolvendo-se e comprometendo-se vergonhosamente. Sãos pastores e líderes eclesiais que literalmente “vendem” o direito do cidadão por migalhas e chegam ao cumulo do absurdo de levar em muitos casos homens ímpios aos seus púlpitos, para que exponha suas plataformas de “governo” mentirosas e enganadoras, com fim apenas eleitoreiro. É uma louca inversão de valores.
O homem que vive segundo o coração de Deus, jamais deve aproveitar-se dos políticos e numa troca, receber qualquer beneficio pelo seu voto. Note que em todo ano eleitoral aparecem muitos com um belo discurso,  sempre dispostos a ajudar; são cestas básicas, tratamento de saúde, e outras ofertas pelo seu voto. O servo deve ser consciente o suficiente para não se vender.
É errado o Servo de Deus candidatar-se a cargos públicos?
 Creio que não seja. Na Bíblia encontra-se vários servos que foram políticos e exerceram cargos públicos (Davi, Salomão, etc.). Mas, entendo que em tais situações a vontade “literal” de Deus deve vir em primeiro lugar. É preciso que o Senhor seja consultado e que seja ouvido!
 Político no Brasil está associado às pessoas que não agem de boa fé. É triste, vermos como tratam o dinheiro público, as muitas notícias de desvios e malversações de verbas, veiculadas na mídia são estarrecedora.  O homem que conhece a Deus deve ser diferente, pagar o preço de ser um político que saiba honrar o compromisso com o Salvador e viver em honestidade (Pv 11.11; 14.34 e 16.12).
A posição da igreja deve ser de total independência em relação aos políticos. Devem ser encarados como líderes políticos, jamais, como líderes da igreja do Senhor. É impossível que haja vitórias e o mover soberano do Espírito Santo numa igreja, na qual, a política está infiltrada.
Amados, a Igreja do Senhor, não necessita de esmolas dadas por políticos (concessão de TV, rádio; terrenos; doações financeiras, etc.); os meios, jamais justificam o fim. É inconcebível, a igreja ser beneficiadas, por homens que de uma forma não convencional adquirem recursos e os repassam.
Pastores, presbíteros, diáconos, povo de Deus!
Não se deixem envolver por homens, que visando votos, prometem maravilhas.
A igreja é o povo de Deus, e por Ele devem ser conduzidos.
Orem, busquem do Senhor a orientação para o voto certo; ouça a Sua voz, através de seus profetas e honrem a Sua vontade.
Não se corrompa com o ouro e a prata!
Pr Elias R. de Oliveira

Por Daniel Simoncelos  Via Gospel + e Pr Elias R. de Oliveira via vivos

3 comentários:

  1. De tudo o que o texto expressa fica uma pergunta:
    Todos os "evangélicos" que se envolvem na política,dizem que "sentiram de Deus" se candidatarem.
    Muitos estão confundindo as bolas e nisso confundem o povo. Será que precisamos de um Presidente da República evangélico para defender só o direito de uma classe?
    Acredito que um Presidente deve zelar pelo bem comum, a sociedade como um todo.
    Apesar do texto não mencionar Presidente e sim políticos é bom ressaltar que todos os evangélicos envolvidos na política só visam uma coisa: $$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$

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    1. Creio desta forma.Não é e nunca será pecado um cristão ser um politico mais não podemos generalizar, o que devemos combater e contra muitos cristão q querem fazer de nossos púlpitos e igrejas palanques para comícios e propagandas.Altar é lugar de pregar a palavra de Deus. Muito boa esta matéria bem aplicada principalmente neste período. Gostaria que muitos dos nossos irmão pudessem ver esta matéria e principalmente os nossos irmãos candidatados nestas eleições.

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  2. Só tenho uma ligeira impressão que quem escreveu esse artigo é um petralha.

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