quarta-feira, 5 de março de 2014

Considerações a respeito da conversão de Naldo Benny

Observando a novela da “conversão” do show man Naldo, umas das mais brilhantes estrelas pop do Brasil, atualmente, fui conduzido a refletir sobre o êxodo de alguns representantes da classe artística secular brasileira para o segmento evangélico.

Pra mim é importante conceituar algumas coisas pra que eu possa me sentir respaldado em minhas ideais. Então, procuro sempre fazer uma diferenciação satisfatória entre fé cristã e mundo cristão, cristandade e cristianismo, God spell e Gospel.


Aprendi que nem tudo o que chama Jesus de Senhor está de fato sob seu senhorio. Isto é a Bíblia quem diz ao meu coração! Desta forma, entendo que nem tudo o que possui o selo Gospel, é de Deus.

Sobre a classe artística e seu êxodo entre os segmentos, algumas figuras que se tornaram célebres me vêm à mente neste instante. Entre elas, o trombonista que dizia ter tocado numa das maiores bandas da história do Brasil, o cantor que fazia parte de uma banda daquelas com dezenas de percussionistas lá da Bahia e também o rapaz que era backing vocal contratado por uma banda pop daqui de Minas Gerais.

Pelo menos, nesses três casos, há algo que me deixa intrigado: o fato curioso dos mesmos nunca terem alcançado a fama e o sucesso antes de se converter!

Não posso julgá-los em suas histórias de vida, nem acerca de suas experiências com o Salvador. Eu sei quem é Jesus e sei do que Ele é capaz de fazer na vida da gente e não ficaria surpreso se pudesse sentar com alguns desses ‘irmãos’ e ouvir deles histórias ‘escalafobéticas’ de como as coisas se deram entre eles e Jesus.

No entanto, torno a dizer que me intriga o fato de alguns músicos com histórias medíocres em suas fases pré cristãs se tornarem estrelas de primeira grandeza no panteão babilônico do mercado fonográfico gospel do Brasil.

Acerca desses, tenho um pé atrás e uma pulga atrás da orelha sempre, quanto ao fato de que talvez sejam apenas oportunistas, que adentraram na cena com vistas ao lucro.

Sei que esse papo é até ridículo pra alguns, pois tudo isso é bem óbvio até (falo sobre o fator mercadológico da cena gospel), mas é que pra mim, igreja sempre foi outra coisa e o lance de Reino de Deus sempre habitou meus mais sinceros e puros sentimentos humanos. Sempre fiz tudo por amor a uma causa, um ideal, tentando viver por aquela utopia de “fazer por fé”.

“Amado, isso é coisa de primeiro amor!”, alguns podem dizer, como se viver esse tipo de amor fosse coisa de menino e o pragmatismo mercadológico cristão do Brasil fosse sinônimo de mundo adulto. (Adúltero, pra mim!)

Sobre essas coisas, prefiro ser menino pra sempre, acrescento.

Mas voltando ao Naldo, tem uma coisa importante. Naldo é o cara do momento, ele está no Multishow, na Rede Globo, nos maiores palcos do Brasil e do mundo. Naldo é a cara e a música do momento por aqui. Está na crista da onda pop e já foi procurado por grandes nomes da música internacional por sua relevância.

Gente, embora eu não curta e sequer tenha ouvido uma música do Naldo inteira até agora, devo admitir: Naldo não está chegando pela porta dos fundos, em busca de um mercado a mais. Lembra muito o caso do cantor Cris Dúran que abandonou a carreira no auge da fama e hoje é pastor.

Ao menos, não é o que parece pra mim! Mas como já disse antes, sou menino pra essas coisas e não tenho malandragem suficiente pra entender mais profundamente os meandros da Babilon Gospel Music of Brazil.

Posso estar enganado, mas vejo na outra ponta dessas histórias que se cruzam de alguma forma, o ex líder da banda Raimundos, o Rodolfo.

Rodolfo é um fato incrível, pois abandonou o topo do mainstream se jogando quase que diretamente no ostracismo, na vida monástica de uma igreja local, em busca daquilo que em seu interior parecia buscar: paz, salvação, cura…

Acho que são coisas assim que nos conduzem a Cristo, anseios existenciais, respostas satisfatórias a questões profundas de nossa psiquê avariada pelo pecado.

Acho que o Rodolfo é uma pessoa que se converteu de verdade, o que é possível ser observado em suas poucas aparições e que são tão bacanas e emocionantes sobre sua nova vida com Cristo, que edificam de verdade.

Ouvir e ver o Rodolfo é uma experiência emocionante!

Espero que seja assim com o Naldo, que ele se encontre com o Mestre e se deixe ser conduzido por Ele. Espero que não caia nas teias desse mercado horrível e oportunista que é o Mercado Gospel brasileiro, o qual só visa dinheiro, mídia, exploração e mais dinheiro.

Fonte: gospel mais

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